Primórdios do Século XX
Grupo: Carol Pita, Daniela Monteiro Kupek, Everton Cherpinski, Julia Nogueira
A virada do século XIX para o XX foi um período de grandes transformações na sociedade, que refletiu na vida artística e cultural da época. A arte teatral não poderia ser excluída dessas mudanças e inclusive foi um período de grande influência para a dramaturgia moderna. Começa-se a falar pela primeira vez em encenação e questionam-se as formas de atuação anteriormente seguidas. Entram em cena o naturalismo e o simbolismo.
O encenador ganha destaque nunca antes visto. Ele passa a ser o articulador de todos os elementos da composição cênica. André Antoine é considerado o primeiro encenador moderno, pois foi o pioneiro em adequar todos os componentes teatrais como o espetáculo. Foi o primeiro também a sistematizar suas concepções abordando-as pela vertente naturalista.
O naturalismo nasceu com um propósito de acabar com as convenções teatrais. Visava se aproximar ao máximo da realidade. Porém, alguns debatem se o próprio palco não seria uma convenção. Além disso, no teatro naturalista não havia espaço para a plateia ressignificar o que via em cena. O simbolismo começou a se manifestar em oposição ao “mimetismo” da realidade, o teatro simbolista era mais abstrato se comparado ao naturalismo e evocava estados interiores. Utilizava signos para designar esses estados interiores mas sempre de maneira enigmática, a apenas sugerir ou recordar seu significado que ainda poderia ser ressignificado pela plateia. O uso de símbolos nas artes cênicas criou uma estética sofisticada e inovadora.
O teatro simbolista recorria a muitos elementos teatrais como ritmo, cores, iluminação e cenário que eram usados para impregnar signos. Edward Gordon Craig pode ser citado como referência do criador de um teatro total. Craig era famoso por criar um senso de uma certa atmosfera e uma dinâmica teatral extremamente envolvente.
Neste movimento inovador para a época, buscava-se evocar o