PRIMEIRO CAPITULO DO TEXTO KARL POPPER: FILOSOFIA E PROBLEMAS DE ANTHONY O'HEAR
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1. Anthony O’Hear em sua obra “Karl Popper: filosofia e problemas” empreende esforços para a compreensão do status da ciência enquanto instituição dotada de maior credibilidade nas sociedades ocidentais, seu exímio sucesso, bem como o motivo ensejador deste. Em linhas gerais, em que se baseia o autor para a construção da análise que o leva a tal compreensão?Anthony O’Hear denota inicialmente uma clara insatisfação com diversos modelos racionais engendrados por filósofos da ciência, cujos pressupostos não tornam-se capazes de dar resposta à questão do motivo ensejador da prosperidade científica. Nesse sentido, aponta o fracasso tanto da teoria popperiana e seu critério falseacionista, quanto da teoria indutivista em explicar as razões que fazem da ciência uma instituição potencialmente poderosa e influenciadora das sociedades ocidendais, capaz até mesmo de engendrar crenças, conferindo à ciência um caráter excepcional.Dessa forma, o autor sugere que o problema consiste no fato de os filósofos da ciência não apresentarem por meio das suas metodologias, descrições consistentes que possibilitem explanar as especificidades da ciência, visto que as caracterizações dos métodos científicos utilizados adequam-se tanto à ciência, quanto a não ciência, revelando assim uma deficiência no processo de explicação do sucesso da prática científica.
2. Explique como Anthony O’Hear, em seu texto, ao tomar Popper como referência analisa o progresso da ciência.
Todos nós nos baseamos no raciocínio indutivo, mais a forma de argumento mais fiável é a dedução. Num argumento dedutivo válido, as premissas implicam logicamente a conclusão. Tomando um exemplo simples:
• Sócrates é homem
• Todos os homens são mortais
• Logo, Sócrates é mortal.
Se dissermos que as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa envolvemo-nos em uma contradição. Num argumento indutivo, por contraste, as premissas não fornecem supostamente uma garantia de que a conclusão é verdadeira. Em vez disso,