Primeiro acordo ortográfico
Os vocabulários publicados nos dois países continuavam a conter algumas divergências e, em 1945, um novo encontro deu origem ao Acordo Ortográfico de 1945, que se tornou lei em Portugal, mas no Brasil não foi ratificado pelo Congresso Nacional. Outro acordo entre as duas nações, que entrou em vigor em 1971 no Brasil e em 1973 em Portugal, aproximou um pouco mais a ortografia dos dois países, suprimindo os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre as duas ortografias oficiais. Em 1986, uma nova tentativa de acordo fracassou devido à reação em Portugal e no Brasil, principalmente a respeito da supressão da acentuação gráfica nas palavras proparoxítonas.
Para os defensores da unificação da ortografia da língua portuguesa, a persistência de duas ortografias oficiais – a luso-africana e a brasileira – impede a unidade intercontinental do português e diminui o seu prestígio mundial. Atendendo às críticas feitas à proposta de acordo de 1986, foi elaborado, em 1988, um anteprojeto de bases da ortografia unificada da língua portuguesa, que levou ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.
Naquele ano, reuniram-se na Academia das Ciências de Lisboa sete dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor Leste – para elaboração do acordo ortográfico. O documento previa sua entrada em vigor em 1º de janeiro de 1994, com a ratificação de todos os membros. Mas