Primeira Universidade do Brasil
No final do século 17, funcionava, em Salvador, duas instituições de ensino superior. O Colégio dos Jesuítas, para a formação de sacerdotes e bacharéis em Artes, e a Aula de Fortificação e Artilharia, para a formação de engenheiros militares.
Os Gerais do Colégio dos Jesuítas seguiam os estatutos da Universidade de Évora, a segunda universidade fundada em Portugal (1559), depois da de Coimbra.
A Universidade de Évora também era dos jesuítas. As principais matérias ensinadas eram Filosofia, Moral, Escritura, Teologia, Retórica, Gramática e Humanidades. Não tinha autorização para ministrar nem Medicina, nem Direito. A Universidade foi fechada em 1759, com a expulsão dos jesuítas dos domínios portugueses.
Segundo Luís dos Santos Vilhena, professor de grego, em Salvador, de 1787 a 1799, havia nos Gerais do Colégio da Bahia sete classes: Gramática Portuguesa, duas de Latim, Retórica, Matemática, Filosofia e Teologia Moral.
Em seu Prospecto da Cidade do Salvador, de 1758, o engenheiro baiano José Antonio Caldas, localizou os Estudos Gerais da Companhia em prédios na atual Praça da Sé. Caldas estudou em Salvador antes da expulsão dos jesuítas, na que foi provavelmente a primeira escola regular de engenharia do Brasil, que funcionou no Forte de São Pedro, onde também foi professor.
As universidades modernas ocidentais têm origem nas escolas medievais conhecidas como studia generalia (estudos gerais ou universais, de onde deriva o termo universidade). Em Portugal eram os Estudos Gerais. Inicialmente, era um esforço para dotar monges com conhecimentos que iam além dos da religião católica.
Existem hoje no mundo muitas disputas entre comunidades e instituições, buscando o reconhecimento dessas ou daquela escola como sendo uma antiga universidade ou a primeira delas. A questão não é simples, pois as