Primeira Revolução Industrial
O século XVIII marca o início de uma nova fase na Europa Ocidental, conhecida mundialmente por Revolução Industrial. As transformações ocorridas nesse período que se inicia em 1760, estão relacionadas diretamente à substituição do trabalho artesanal, que utilizava ferramentas, pelo trabalho assalariado, em que predominava o uso das máquinas.
Na primeira etapa da Revolução Industrial observa-se o pioneirismo inglês. Nesse contexto é importante destacar os principais fatores, que permitiram essa façanha, que foram: a acumulação mercantilista (A Inglaterra tinha a mais importante zona de livre comércio da Europa e um sistema de créditos financeiros), a política dos cercamentos que resultou em uma mão de obra barata, as jazidas de carvão que supriram as necessidades energéticas e de ferro, utilizado na construção das máquinas, e a Revolução Gloriosa ocorrida no século XVII, que tornou a burguesia inglesa politicamente mais poderosa.
A Revolução Industrial consolidou o capitalismo nas sociedades em que se instalou. Aos poucos, a indústria passou a disputar com o comércio a condição de principal setor de acumulação de riquezas. Foram muitas as conseqüências sociais e transformações ocorridas com o desenvolvimento das indústrias.
No que diz respeito às relações de trabalho, desenvolveu-se uma oposição social: de um lado, os empresários industriais, donos dos meios de produção das fábricas; de outro, os operários urbanos, trabalhadores assalariados das indústrias. Estes por sua vez, recebiam salários tão baixos, que para sobreviver, toda a família do operário era obrigada a trabalhar. Em diversas indústrias, eles trabalhavam mais de 15 horas por dia, incluindo até mesmo crianças e mulheres. Essa exploração do trabalho humano gerou conflitos entre operários e empresários. Para eles, as máquinas representavam o desemprego, a miséria, os salários baixos e a opressão. Mas tarde, porém, os trabalhadores perceberam que a luta do movimento