Primeira Guerra Mundial
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, os principais problemas das relações entre as potências europeias que desencadearam o conflito eram:
O neocolonialismo, pois a partilha da África e da Ásia beneficiou principalmente a Inglaterra e a França com maior número de colônias em áreas economicamente mais interessantes;
O rompimento do equilíbrio do poder político entre os países europeus. Depois da unificação, a Alemanha passou por um rápido crescimento industrial, capaz de fazer frente ao poderio inglês; além disso, a Alemanha cobrava o redirecionamento do mundo colonial na África e na Ásia, pois os poucos domínios territoriais do país não cobriam as necessidades de suas indústrias;
O sentimento revanchista antigermânico na França, que perdeu as regiões da Alsácia e Lorena (ricas em carvão mineral) para a Alemanha durante o processo de unificação daquele país;
As questões balcânicas, que envolviam disputas entre os impérios Austro-Húngaro e Russo pelo controle dos países da região.
A tensão reinante entre as potências imperialistas europeias empurrou-as para um sistema de alianças. Em 1882, Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália formaram a Tríplice Aliança. Em 1907, do outro lado, formou-se a Tríplice Entente, que reunia Inglaterra, França e Rússia.
O pretexto para a eclosão da guerra foi o assassinato do herdeiro do Império Austro-Húngaro.
O alastramento do conflito levou outros países a apoiar um ou outro bloco. A Itália, que mantivera uma postura neutra logo após o conflito em meados de 1914, aderiu à Entente em 1915. O Japão, interessado nas possessões alemãs no Oriente, declarou guerra aos países da Tríplice Aliança. Em 1916, Portugal e Romênia e, em 1917, Brasil, Grécia, Estados Unidos e outras nações aliaram-se à Entente.
Necessitando de apoio para combater a Rússia, o Império Turco Otomano assumiu posição do lado da Alemanha; a Bulgária, sufocada pelas pretensões russas, tomou a mesma atitude em 1915.
A primeira etapa da