A Primeira Guerra Mundial deve-se, diferentemente do que se pensa, não apenas à morte do príncipe Austro – Húngaro, mas principalmente por motivos mais complexos. As necessidades da política do capitalismo impeliam as nações europeias a conquistar cada vez mais territórios - tanto mercados consumidores como fontes de matérias-primas - além de forçarem um método de exploração ainda mais brutal sobre os povos colonizados. Essa corrida por territórios e alta exploração colonial é conhecida pelo termo Imperialismo, ao qual pode-se também atribuir a responsabilidade pela expansão do capitalismo . Nitidamente essas disputas levariam a situações insustentáveis de conflito entre as nações, e foi por meio de acordos políticos, econômicos e militares, que dois blocos foram criados: a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro Húngaro e Itália) e a Tríplice Entente (Rússia, França e Grã Bretanha). Em 28 de junho de 1914, Francisco Ferdinando, herdeiro do império Austro Húngaro, foi assassinado, servindo assim como pretexto para o início da Primeira Guerra Mundial, a qual teve como principais nações envolvidas no conflito a Alemanha, Império Austro-Húngaro, Rússia, França, Inglaterra e, posteriormente, Itália e Estados Unidos da América. No início, existia um confronto direto entre Alemanha e França, muito bem representado no filme “Glória Feita de Sangue” do diretor Stanley Kubrick, onde é possível verificar o uso de trincheiras nos locais de combate, as quais eram cavadas e utilizadas pelos exércitos para defenderem suas posições. A Itália que se manteve neutra durante a batalha, traiu a aliança com a Alemanha e passou a constituir a Tríplice Entente. O período mais sangrento e cruel de todo o conflito foi justamente o da guerra das trincheiras.
Apesar das trincheiras serem ótimos escudos, milhares de soldados que nelas permaneciam durante meses e que viviam nas piores condições, vieram a morrer pela putrefação dos cadáveres e contaminação por doenças.