Primeira Guerra Mundial 1 1
O Exército Imperial Alemão utilizou o fuzil 1888 mesmo após a adoção do Mauser 1898, dez anos depois. Mesmo durante a I Guerra o modelo 88 conviveu com os infantes alemães em diversas de suas unidades e em várias localidades, embora com o passar do tempo começou a ser relegado à segundo plano, destinado à servir em tropas de retaguarda e de segundo escalão.
Acima, um grupo dos “Bavarian Landswehr” posa para uma fotografia, em 1915, portando seus fuzís mod. 1888
Entretanto, durante a atividade da Comissão Alemã em 1888 desenvolvendo o seu próprio fuzil, Paul Mauser desenvolvia duas variantes de uma mesma arma, com ação totalmente remodelada e que foi oferecida à Espanha, em 1893, apresentando inclusive um novo cartucho de calibre mais baixo, o 7mm X 57, o famoso 7mm Mauser que o Brasil também adotaria, em 1894. Esse novo fuzil fez enorme sucesso onde foi vendido, em diversos países como México, Chile, Uruguai, China, Pérsia e África do Sul, além do Brasil e Espanha.
O fuzil Mauser M1898 rapidamente começou a ser distribuído às tropas, de forma que na eclosão da I Grande Guerra os soldados da Alemanha Imperial entraram nos campos de batalha já equipados com essa arma. O Mauser 1898 demonstrou ser talvez, por sua robustez, precisão, cartucho bem acertado e confiabilidade, o melhor fuzil de infantaria utilizado na I Guerra. Sem desmerecer seus competidores mais próximos, como o norte-americano Springfield 1903 e o britânico S.M.L.E Nº 1 MK III, indubitavelmente o Mauser reunia todas as excelentes características responsáveis por fazer, deste fuzil um padrão em sua classe, facilmente comprovado pela sua dotação em dezenas de países pelo mundo afora. O Lee-Enfield inglês era, sem dúvida, em excelente fuzil mas utilizava um cartucho beirando a obsolescência. O Springfield 1903, como veremos mais abaixo, convenhamos, era “quase” um Mauser, com seu projeto bastante baseado neste último.
Combatente alemão na frente russa,