Primeira Geração Romântica no Brasil

Primeira Geração Romântica no Brasil
Breve contexto histórico e características da geração. Com a chegada a família real no Brasil, ocorre a criação da Imprensa Régia, e a quantidade de publicações nacionais aumenta, pois fica bem mais fácil e barato para os autores publicarem suas obras. Podemos afirmar que o marco inicial do romantismo no Brasil se dá com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades (1836), obra de Gonçalves de Magalhães. Os poetas, autores, pintores e artistas em geral sentem a necessidade de criar uma identidade própria brasileira e elegem um assunto nacional, que passou a ser o índio. As principais características dessa geração são o indianismo, nacionalismo (a valorização do país, exaltação de sua beleza e riqueza), sentimentalismo (os poetas, em maior parte das obras, falavam sobre sentimentos e emoções), exaltação da natureza (os poetas sempre utilizavam da natureza para expressar seu estado de espírito ou para comparações).

Obra escolhida: Marabá.

Análise da obra. O poema pode ser considerado romântico de primeira geração por vários fatores, tais como a presença forte do Indianismo, o assunto nacional, -que percorria praticamente todas as obras da época- já que conta a história de uma índia, mas não qualquer índia, e sim uma mestiça, filha da junção do índio com um europeu. Isso pode ser notado quando se diz “meus olhos são garços, são cor de safiras”, “meus loiros cabelos em ondas se anelam, o ouro mais puro não tem seu fulgor” e o indianismo pode ser notado e todo o texto, pois o mesmo é criado ao longo de todo o poema. Essa índia, Marabá, é rejeitada em sua tribo por não ter as características da índia da tribo. Ou seja, mesmo sendo bela, não corresponde ao padrão de beleza indígena. Outra característica presente no poema é o Sentimentalismo, apresentado com o tema geral do poema, que seria um “amor-desilusão”, algo bem melancólico e com presença forte de emoções, como pode ser observado em “Eu vivo sozinha, ninguém me