Primeira Escrita

Neste primeiro capitulo daremos ênfase ao que chamaremos de “história do funk”, apresentaremos a sua origem, por onde se desenvolveu, e posteriormente a chegada do movimento ao eixo Rio-São Paulo. Contar a história de qualquer movimento sócio-cultural é tarefa árdua e complexa, pois há uma grande dificuldade em delimitar exatamente onde ele começa e termina, isso também se aplica com a história funk, pois existem diversas versões do que poderíamos chamar de “história do movimento funk”, porém para realização e escrita desta primeira parte do trabalho utilizaremos as versões de Silvio Essinger1, “Batidão – Uma história do funk”, Micael Herschmann2, “O funk e o hip hop invadem a cena” e por último Hermano Vianna3, “O mundo funk carioca”.
Nesta apresentação da história do funk não procuramos em nenhum momento discutir as diversas versões sobre a origem do movimento, bem como apresentar a sua origem sobre o olhar sociológico, antropológico e político do movimento. Sabemos da dificuldade de separar um movimento sócio-cultural do ambiente\cenário político em que está inserido, apenas temos por objetivo narrar as suas origens. No segundo capítulo do trabalho abordaremos a questão do que chamaremos por “funk hoje”, diferente da primeira parte neste momento daremos ênfase ao seu contexto político e social. Dividiremos o segundo capítulo em três partes, que são as seguintes, primeira parte vamos discutir o que o funk representa para a periferia, e quais foram as barreiras que o movimento já ultrapassou, nesta parte, diferente do primeiro capítulo também falaremos das questões sociológicas do movimento; na segunda parte o objetivo é falar sobre o mais recente estilo de funk, que tem se manifestado em sua grande parcela na cidade de São Paulo, o “funk ostentação”, apresentaremos sua origem, as questões que as letras abordam, e uma das questões mais fundamentais o seu engajamento político; na terceira e última parte analisaremos três músicas do funkeiro Mc Guimê, sendo