Primavera Arabe
Como uma panela de pressão, já sobrecarregada, essa atitude individual fez despertar pessoas em toda a região que identificaram-se com a rebelião solitária de Mohamed Bouazizi, por perceberem que muitos de seus problemas tinham as mesmas raízes.
Nesse ponto, e somente nele, é que as novas mídias de comunicação social foram indispensáveis, pois através delas as informações circularam a despeito do rígido controle exercido pelos Estados e permitiram a formação de um rede de indivíduos saturados da opressão suportada por tanto tempo em seus respectivos Estados.
Em outros momentos históricos movimentos de rebelião concatenados varreram também governos opressores, porém cada um deles deve ser entendido dentro de seu contexto, foi o caso das Independências na América Espanhola (primeira metade do século XIX), a Primavera dos Povos (1848) e o fim do socialismo no leste europeu.
Assim, as rebeliões no mundo árabe receberam o nome de “Primavera Árabe” em função de seu efeito concatenado, ou simplesmente pelo “efeito dominó”, pois elas se espalharam como um rastro de pólvora e obviamente tomaram