primavera arabe

Ao longo dos anos, e com mais vigor na Modernidade, a comunicação evoluiu, acompanhando o desenvolvimento tecnológico das sociedades, que possibilitou ao ser humano produzir, transmitir e receber informação em ritmo cada vez mais rápido e com maior eficiência. O fenômeno da comunicação de massa, mediada pelos meios técnicos, os quais permitem a fixação e reprodução do conteúdo simbólico e, além disso, o distanciamento espaço-temporal do contexto de produção da mensagem em relação ao contexto de recepção, teve seu auge nos anos 70, sobretudo com o surgimento da internet. Nos dias atuais, a digitalização na sociedade é uma constatação irrefutável. É impossível imaginar o cotidiano sem a presença – e influência – de algum equipamento ou dispositivo de tecnologia digital. Uma vez que exista o acesso a essa tecnologia, bem como domínio de sua utilização, são infinitas as possibilidades de interação não apenas com a comunidade na qual o indivíduo está inserido, mas sim com o mundo. Uma breve análise da chamada Primavera Árabe fornece uma demonstração do poder da comunicação digital através das mídias sociais. Tal poder não está necessariamente na existência dessas mídias, mas na forma como as mesmas são utilizadas pelos indivíduos na defesa de seus ideais. Embora as mídias sociais, especialmente o Twitter e o Facebook, tenham desempenhado um papel significativo no que diz respeito à mobilização popular e à divulgação da informação, as ferramentas da comunicação digital não derrubaram ditadores. A revolução em si só foi possível devido à luta dos cidadãos, das pessoas que decidiram ir às ruas, arriscar suas vidas e gritar por liberdade.
Sendo assim, o presente trabalho aborda a temática do impacto social das novas tecnologias. Seu objeto de estudo é o papel das ferramentas digitais de comunicação nas revoltas populares ocorridas no Oriente Médio – evento que ficou conhecido como a chamada Primavera Árabe, com foco no advento das mídias sociais.
Para tanto, a