Previdência Social
O modo de produção capitalista separa o trabalhador dos meios de produção, criando uma classe de capitalistas que são os detentores dos meios de produção e uma classe de proletários que são os trabalhadores que vendem a sua força de trabalho para sobreviver. Na década de 1920, no Brasil, a exploração sobre a classe trabalhadora se torna abusiva, o proletariado industrial vivia em condições degradantes de trabalho e existência, e isto acarretou na organização da classe operária em busca de direitos sociais para obter melhores condições de vida e de trabalho. É nesse contexto que surge a “questão social”, e que se tornará mais evidente para o país através dos movimentos sociais da classe trabalhadora, se constituindo a partir daí numa ameaça à hegemonia burguesa que sente a necessidade de manter um controle social sobre essa força de trabalho (IAMAMOTO; CARVALHO, 2008).
Assim, a “questão social” exigiu profundas modificações na sociedade, proporcionando o reconhecimento da classe operária e de sua inserção no cenário político, por parte do Estado, fazendo-se necessário a implantação de políticas que atendessem de alguma forma os interesses dessa classe (IAMAMOTO; CARVALHO, 2008).
A institucionalização do Serviço Social na Previdência Social brasileira e a prática profissional do assistente social no âmbito previdenciário vai se dá nesse contexto onde o Estado passa a intervir na regulamentação do mercado de trabalho e em ações sócio assistenciais com o intuito de amenizar a questão social. Em outras palavras, o Estado procura se legitimar atendendo algumas reivindicações da classe trabalhadora e para isso o Serviço Social terá um papel fundamental junto a este segmento de classe.
O Serviço Social na Previdência Social
Segundo Silva (2008) a primeira intenção de seguridade foi o seguro social com seu marco fundamental na lei Eloy Chaves de 1923, que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) para algumas categorias de