Introdução Ao longo do século XX, as neoplasias configuraram-se como um dos mais importantes problemas de saúde no mundo. De acordo com estimativas mundiais do projeto Globocan 2012, da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC, do inglês International Agency for Research on Cancer), da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 14,1 milhões de casos novos de câncer e um total de 8,2 milhões de mortes por câncer, em todo o mundo, em 2012 (FERLAY et al, 2012). Há ainda um processo de mudança demográfica, denominado de “envelhecimento” da população, associado. Em 2030, a carga global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer, em consequência da transformação nas relações entre as pessoas e seu ambiente, trazendo uma alteração importante no perfil de morbimortalidade, como o envelhecimento da população, bem como da redução da mortalidade infantil, diminuindo a ocorrência das doenças infecciosas e colocando as doenças crônico-degenerativas como novo centro de atenção dos problemas de doença e morte da população mundial (MATHERS et al, 2006). O número estimado para 2014/2015 é de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer no Brasil, incluindo os casos de pele não melanoma, que é o tipo mais incidente para ambos os sexos (182 mil casos novos), seguido de próstata (69 mil), mama feminina (75 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil) (BRASIL, 2014). Apesar de mais frequente entre indivíduos do sexo masculino, sua incidência no homem se estabilizou ou diminuiu, enquanto nas mulheres vem aumentando drasticamente nas últimas décadas (BLOT et al, 2004). Segundo estimativas para o ano de 2014, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pulmão em homens é o segundo mais frequente nas regiões Sul (33,62/ 100 mil) e Centro-Oeste (14,03/ 100 mil). Nas regiões Sudeste (18,51/ 100 mil), Nordeste (9,01/ 100 mil) e Norte (7,69/ 100 mil), é o terceiro. Para as