Pressuposto e Subentendido
UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de Graduação em Engenharia.
Comunicação e Expressão.
Pressupostos e Subentendidos
SANTOS
2012
PRESSUPOSTOS: são aquelas ideias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a partir do sentido certas palavras ou expressões contidas na frase.
Ex.: Pedro deixou de fumar.
Ideia explícita: agora, Pedro não fuma.
Ideia implícita ou pressuposto: antes, Pedro fumava (informação transmitida pelo verbo “deixar”).
A informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou não concordar com ela. Os pressupostos, no entanto, têm que ser verdadeiros ou pelo menos admitidos como verdadeiros, porque é a partir deles que se constroem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento. No exemplo acima, se Pedro não fumava antes, não tem cabimento afirmar que ele deixou de fumar. Ao introduzir um conteúdo sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, pois a ideia implícita não é posta em discussão, é apresentada como se fosse aceita por todos, e os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la. O pressuposto aprisiona o ouvinte ao sistema de pensamento montado pelo falante.
SUBENTENDIDOS: são insinuações escondidas por trás de uma afirmação, ou seja, insinuações presentes numa frase ou num conjunto de frases e que não são marcadas linguisticamente.
Exemplos:
Você vai à casa de uma pessoa e uma das janelas da sala está aberta e por onde entra um vento terrível e você diz: “Que frio terrível!”
Você pode estar insinuando “Feche a janela”.
Mas, se o dono da casa alegar que não é higiênico ficar com todas as janelas fechadas.
Você pode dizer que concorda e que apenas constatou que o frio era muito intenso.