Presidentes Militares
Governo de Castello Branco -No dia 11 de Abril o congresso elege, em nome da "democracia", o chefe do Estado-maior do Exército, marechal Humberto de Alencar Castello Branco. Este governo duraria até as eleições de 1965, mas foi prorrogado por mais dois anos em nome do "amor, ordem e progresso".O cearense Castello Branco tome posse quatro dias depois e consolida o golpe (chamado de revolução pelos defensores e fascilósofos). A ditadura mostra a sua cara: mais três Atos Institucionais são baixados, limitando a liberdade e dissolvendo todos os partidos políticos. São permitidos apenas dois novos partidos, a Arena (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Na verdade, a existência do partido de oposição (MDB) serve apenas para legitimar a "democracia".Esta ditadura foi atípica porque previa eleições para presidente e governadores, mesmo que indiretas, e permitia uma oposição figurativa. Todos os mecanismos foram usados para tentar manter uma aparência democrática. Entretanto, vários políticos foram cassados, principalmente aqueles que podiam enfraquecer o golpe como o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-governador da Guanabara, Carlos Lacerda, que apoiou o golpe mas foi cassado porque achava que o golpe garantiria a médio prazo eleições para presidente. A ditadura militar dura e não foi uma nuvem passageira como Lacerda gostaria. Um trampolim para a presidência.As cassações ocorrem para manter os militares no poder. No governo da renovação nacional as uniões nacionais e estaduais dos estudantes são abolidas. Cria-se o Serviço Nacional de Informações (SNI), uma espécie de polícia do pensamento orwelliana. Usando informantes, em outubro de 1965, a polícia militar invade e fecha a Universidade de Brasília.A sexta Constituição do país e a quinta da República faz a ditadura se assumir de vez. A Constituição de 1967 incorpora os atos institucionais vigentes, dá mais poderes ao executivo enquanto os do congresso