Presidente da epe defende política de preços da gasolina adotada pela petrobras
06/05/2013 - 21h35
Economia
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, voltou a defender hoje a política de preços da Petrobras em relação à gasolina. Em debate na Comissão de Infraestrutura do Senado, Tolmasquim rebateu críticas de acadêmicos presentes de que a manutenção do preço, apesar da escalada do valor do barril de petróleo no mercado internacional, traz prejuízos para a estatal brasileira.
“É uma política que vem sendo seguida há anos e que já propiciou muitos ganhos à Petrobras. Em outros momentos propicia perdas também, mas se fizermos um balanço, entre ganhos e perdas, acho que ao longo do tempo há um equilíbrio”, defendeu o presidente da EPE.
Tolmasquim também negou que a crise no setor sucroalcooleiro e na produção de etanol esteja exclusivamente ligada à política de preços da gasolina. Tolmasquim disse que as lavouras de cana enfrentaram seguidas safras frustradas por problemas climáticos e os usineiros estiveram fortemente endividados nos últimos anos. Na opinião dele, isso também influenciou fortemente a perda de concorrência do etanol em comparação com a gasolina. “Eu não atribuiria o preço do etanol ao preço da gasolina. É claro que o preço da gasolina influenciou, mas é muito mais complexo”, disse.
O presidente da EPE ouviu duras críticas do professor Adilson Oliveira, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apontou a atual produção de petróleo da Petrobras como um sintoma de que a situação não vai bem na empresa. Segundo Oliveira, ao longo das últimas décadas a estatal registrava um forte crescimento da produção de petróleo mas, desde que a descoberta do pré-sal foi anunciada, houve uma estagnação. De acordo com ele, o governo tem errado nas políticas energéticas e isso se reflete na Petrobras, que não conseguiu atingir a meta de