Presentation1
Santos; Ana Paula
Ramos de Souza; Lilian
Seligman
Resumo
Objetivo: analisar as possíveis relações entre níveis de pressão sonora elevados em sala de aula e o desempenho no uso das rotas lexical e fonológica na leitura e escrita. Métodos: estudo quantitativo e exploratório. Medições acústicas por meio de dosímetro; inspeção visual do conduto auditivo externo; audiometria tonal e vocal; imitanciometria; instrumento de leitura e escrita de palavras isoladas. Foram utilizados o teste não paramétrico do x2 e teste exato de Fisher para análise de dados. Com base nos resultados das mensurações acústicas em quatro escolas de Santa Maria, foi possível dividir a amostra de 87 crianças do 3º e 4º anos do ensino fundamental, na faixa etária de 8 a 10 anos, em
2 grupos. O 1º grupo foi composto de crianças expostas a intensidades de som superior a níveis de 80 dB(A) (Grupo estudo) e o 2º grupo, com crianças expostas a níveis menores que 80 dB(A) (Grupo controle). Resultados: maior prevalência de acertos nas pseudo-palavras na leitura e escrita; na leitura de palavras irregulares e efeito de frequência; predomínio de acertos nas palavras irregulares na escrita para o Grupo controle. Para o Grupo estudo, maior número de erros de tipo neologismo na leitura e escrita, principalmente na escrita de pseudo-palavras e efeito de extensão; menor número de erros de tipo lexicalização e paragrafias verbais na escrita. Conclusão: na avaliação das habilidades de leitura e escrita, considerando-se as rotas fonológica e lexical, as crianças do Grupo estudo, expostas a altos níveis de ruído, obtiveram pior
Introdução
desempenho no uso das rotas, tanto na leitura quanto na escrita.
Na nossa cultura, os níveis de pressão sonora elevados podem estar presentes em sala de aula e criar situações de difícil escuta, provocando resultados negativos na