preparo para a chuva serodonia
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ARTE-EDUCAÇÃO TEXTO 02ARTE PARA QUÊ? Katia Helena Pereira
Vivemos em um mundo de visualidades, cercados por imagens.
Viver nos espaços urbanos é deparar-se com múltiplos estímulos visuais.
No entanto, os apelos visuais não se limitam a fronteiras geográficas.
Veículos como a televisão e a internet fazem circular imagens em tempo real pelos mais distantes lugares. Isso faz com que uma cena acontecida no Japão possa ser vista no Brasil simultaneamente ao fato. Por isso, viver nas cidades grandes é também se deparar com imagens as mais diversas.
Os diferentes apelos visuais interferem na compreensão que se tem sobre o cotidiano e contribuem para formular ideias sobre lugares, culturas, acontecimentos. Nosso dia-a-dia está povoado de imagens da mídia, formas de propaganda, folhetos explicativos, fotografias, imagens da internet, jornais, enfim, há um número muito grande de formas visuais. Todas essas formas correspondem a maneiras de interpretar o mundo. São maneiras de se integrar ao tempo e ao espaço. As imagens postas em jogo no cotidiano instauram a necessidade de interpretação, isso porque são formas criadas a partir de certa cultura, dentro de uma ideologia, ou seja, não são neutras.
A visualidade dos espaços coletivos está relacionada com as imagens dos outdoors, dos banners, dos cartazes de propaganda, dos letreiros das lojas, da organização das vitrines, dos veículos que trafegam. Essa visualidade é criada dentro de determinadas concepções. As cores e formas escolhidas para uma determinada imagem se relacionam a uma maneira de pensar. Ela é parte da cultura. Está submetida ao conjunto de valores sociais criados em torno de fazeres cotidianos. Sendo