prefiro:
No ramo industrial poluidor os curtumes destacam-se largamente. Esse fator deve-se principalmente pela utilização do cromo empregado durante o curtimento do couro e a borra de tinta residual da fase de tingimento do couro.
A contaminação hídrica pode acontecer tanto em águas superficiais como em águas subterrâneas, devido aos efluentes líquidos gerados no processo de curtimento do couro. Neste aspecto, Mota (2001), se posiciona destacando que a indústria do couro, no caso os curtumes, funcionam como uma fonte poluidora por conseqüência de seus efluentes que concentram altos graus de compostos orgânicos, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda Química de Oxigênio), sulfetos, efluentes contendo cromo e uma quantidade alta de desperdício de sólido orgânico. Em países como o Brasil os curtumes raramente possuem tecnologias para o tratamento de efluentes, havendo negligência no tratamento de seus rejeitos antes de despejá-los nos rios, seja por acidentes e descuidos cada vez mais freqüentes que propiciam o lançamento de muitos poluentes nos ambientes aquáticos, contribuindo para que as águas naturais se tornem residuárias (efluentes), constituindo-se, no principal e na mais diversificada fonte de introdução de metais pesados no ambiente aquático. Essas considerações dão a indústria de curtumes o título de uma das mais poluidoras, mesmo com o surgimento de uma preocupação ambiental sobre o destino dos resíduos provenientes do tratamento de couros.
De acordo com Mota (2001), o cromo é um metal pesado, utilizado em grande escala na indústria do couro, usado durante o processo de curtimento. Os metais pesados são subdivididos em três classes: essenciais, benéficos e tóxicos. O cromo está inserido nesta última categoria, sendo um elemento prejudicial para o desenvolvimento das plantas por ser extremamente tóxico na sua forma hexavalente.