Predação e Herbivoria
A sobrevivência e reprodução determinam as taxas de crescimento populacional e o ajustamento evolutivo de indivíduos dentro das populações. E dependem de quão bem o indivíduo lida tanto com os fatores biológicos quanto com os fatores físicos do meio ambiente. Para reproduzir, os indivíduos devem obter recursos suficientes para defender territórios, atrair parceiros, produzir ovos e acumularem descendentes. Para sobreviver, eles devem tolerar o estresse físico do ambiente, evitar a detecção e captura pelos predadores e a infecção pelos organismos patogênicos. Todas as formas de vida são tanto consumidoras quanto vítimas de consumidores. As plantas e os animais utilizam diversas estruturas e comportamentos para obter comida e evitar que sejam comidos ou parasitados. De fato, essa diversidade é uma das mais marcantes características da vida. Cada tipo de organismo tem seu lugar próprio na natureza. A predação, a herbivoria, o parasistismo e outros tipos de consumo são as interações mais fundamentais da Natureza, porque tudo deve comer, e a maioria dos organismos se arrisca a ser comida. Os organismos assumem diversos nomes. Os mais familiares destes são predador, parasita, parasitóide, herbívoro e detritívoro. Do ponto de vista das interações populacionais, algumas são confusas. Neste contexto o presente trabalho objetiva elucidar estas interações ecológicas.
II. Introdução
Pela definição mais geral, a predação é uma classe de interações ecológicas em que uma espécie se beneficia de outras espécies (o predador), enquanto a segunda espécie é prejudicada (a presa). O canibalismo é simplesmente predação de outro indivíduo da mesma espécie. Outro exemplo desta classe geral de interações é parasitismo, e como na predação, uma espécie se beneficia (o parasita), enquanto a segunda é prejudicada (o hospedeiro). A distinção entre estes dois tipos de interações é que, tipicamente, um predador mata sua presa de forma mais ou menos imediata (por