PRECONCEITO
No Brasil e em muitos países, a população africana erroneamente é assimilada apenas a etnia negra. Pior do que isso, essa etnia é considerada única, como se não existisse vários povos negros com características linguísticas e culturais distintas.
Os povos africanos são muito diversificados, porém pouco conhecidos. A maioria da população conhece pouco e não tem acesso a registros históricos desses povos. O pouco que conhecemos, em parte, são relatos dos povos invasores/conquistadores da África, os europeus. É uma história contada pelo ponto de vista de que dominou, de quem escravizou. Por isso é um passado que conhecemos apenas sobre o olhar do escravo/primitivo.
Quais argumentos os europeus utilizaram para justificar o comércio dos povos africanos para o trabalho escravo? Negando sua história.
Para justificar a escravidão, os europeus afirmavam que os negros eram seres inferiores, que não podiam se igualar aos brancos. O negro não era visto como ser pertencente a uma sociedade, com história e cultura. Isso contribui ainda hoje para termos uma visão distorcida sobre a diversidade da população africana. Ainda difundimos uma ideia de que negro é apenas um descendente de escravos, e que antes da escravidão não existia nada, história, nome, sobrenome, religião, cultura e língua, tudo lhe é negado.
Continuamos apagando parte significativa da história desses povos, negando não apenas a liberdade da população africana, mas destruindo as sociedades que ali se desenvolveram por milênios.
POVO INDIGENA
O povo Tupi já começava a dominar, mesmo que de forma rudimentar, a agricultura. Com machados feitos de pedra, formavam seus roçados com queimadas para o plantio de raízes. Alguns vegetais foram domesticados, como a mandioca, a batata e as ervas que lhes serviam como remédio. Por disporem de suprimentos de grãos e raízes, permaneciam à mercê da natureza apenas em relação à pesca e a caça (Ribeiro,
2004).
Para o cultivo dos