O presente trabalho tem como tema central o preconceito racial no contexto escolar. Investiga as relações preconceituosas e excludentes que permeiam o cotidiano escolar e a forma com essas ações influenciam na formação identitária do aluno negro e na construção de sua aprendizagem. Os principais objetivos desse trabalho foram materializar a discriminação e o preconceito presentes no contexto escolar e a influência que exercem, na autoestima dos alunos negros, bem como a indiferença e omissão existentes nas atitudes dos educadores em relação à ausência de práticas pedagógicas e metodologias que possibilitem a real discussão em torno da diversidade étnica, na busca do distanciamento de atitudes excludentes e discriminatórias. Para elucidar e apoiar estas questões buscou-se apoio no referencial teórico de Paré, Gomes, Romão, Meyer e Lei nº 10.639/2003. Nesse sentido, foram ouvidos através de atividades desenvolvidas em sala de aula durante o estágio curricular, os 24 alunos que compõem a turma 41, bem como a realização de observações no cotidiano da escola em sua amplitude, onde se percebe que os alunos afros descendentes são permanentemente alvos de piadas e chacotas o que gera muitas vezes violência dentro da escola, fazendo com que o esse espaço que deveria oferecer e construir uma formação alicerçada no respeito às diferenças de qualquer natureza, na busca de uma convivência harmoniosa, seja palco de humilhações e racismo. Os alunos negros demonstraram através das atividades propostas vergonha de ser negro, sentimento de baixa autoestima, ressentimento, tristeza e desvalia. Presenciou-se que o aluno negro carrega em si o estigma de ser um mau aluno, desordeiro, desrespeitoso e indisciplinado e de ter sempre notas baixas e dificuldades de aprendizagem, sentimentos resultantes da invisibilidade e indiferença produzidas pela escola que minimiza suas responsabilidades e omite-se como instituição formadora de valores necessários a formação dos indivíduos. Porém, ao