Preconceito Linguístico- Resenha
Rebeca Mesquita Pires da Silva
Em uma sociedade que se orgulha de sua liberdade de expressão e se considera livre de preconceitos e discriminações (como descrito pela teoria da democracia racial), é contraditório afirmar que existe um preconceito lingüístico vigente, fortemente apoiado pela segregação de classes, baseado na informação de que a dominação da ortografia é a prova do conhecimento da língua portuguesa. Marcos Bagno, famoso escritor e lingüista brasileiro declara a existência de tal mal em nosso meio.
Em sua obra “Preconceito lingüístico: o que é, como se faz”, ele dedica as duas primeiras partes a expor e desmistificar as idéias que a massa populacional tem de que a gramática normativa e a língua são a mesma coisa, e relatar que a linguagem brasileira não mais se encaixa com as normas portuguesas . Na terceira parte Bagno começa a demonstrar meios que nos ajudem a compreender e tentar romper com este preconceito, idéias que ficam bem claras entre os capitulo cinco e sete.
No capítulo cinco , ele admite a diferença entre escrita e oralidade, mas não deixa de destacar a importância das duas. O autor também comenta que na língua não vale tudo, mas precisamos encontrar o ponto de equilíbrio para sabermos falar adequadamente dependendo da situação, se formal usaremos uma linguagem formal, se for linguagem descontraída não teria problema o uso de gírias.
O sexto capítulo enfatiza novamente que saber ortografia não é o mesmo que saber a língua, e muitas pessoas que não tenha aprendido a ler e escrever possuem conhecimento total de como se expressar e falar. Marcos Bagno mostra como nas salas de aula a uma preocupação enorme com os erros de escrita deixando de lado o conteúdo, mas depois ele esclarece isso ressaltando a tamanha incoerência no vocabulário da ortografia oficial e que seria normal as pessoas se confundirem. Concluindo o capitulo