Preconceito linguistico
Marcos Bagno
Editora Loyola (11ª edição, 2002).
No livro “Preconceito Lingüístico” o autor Marcos Bagno, defende com vigor a língua viva e verdadeiramente falada no Brasil. O livro contém 183 páginas. Está dividido em quatro partes e um anexo: I – A mitologia do preconceito lingüístico; II – O círculo vicioso do preconceito lingüístico; III – A desconstrução do preconceito lingüístico; e IV – O preconceito contra a lingüística e os lingüista.
Para o autor “tratar da língua é tratar de um tema político”, já que também é tratar de seres humanos. Marcos Bagno diz que a língua é como um rio que se renova, enquanto a gramática normativa é como a água do igapó, que envelhece, não gera vida nova a não ser que venham as inundações. O preconceito lingüístico, vem sendo alimentado diariamente pelos meios de comunicação, que pretendem ensinar o que é “certo” e o que é “errado”, sem falar, é claro nos instrumentos tradicionais de ensino da língua, ou seja a gramática normativa e os livros didáticos. “A língua portuguesa apresenta uma unidade surpreendente” – não reconhecer que o português falado no Brasil é bem diversificado, mesmo a escola tentando impor a norma lingüística como se ela fosse de fato comum a todos os brasileiros. As diferenças de status social em nosso país, explicam a existência do verdadeiro abismo lingüístico entre os falantes das variedades não-padrão do português brasileiro que compõe a maior parte da população e os falantes da suposta variedade culta, em geral não muito bem definida, que é a língua ensinada na escola.
“Brasileiro não sabe português/Só em Portugal se fala bem português”- de acordo com o autor, essas duas opiniões refletem o complexo de inferioridade de sermos até hoje uma colônia dependente de uma país mais antigo e mais “civilizado”. O brasileiro sabe português sim. O que acontece é que o nosso português é diferente do português falado em Portugal. A língua falada no Brasil , tem regras