preconceito linguistico
Temos de fazer um grande esforço para não incorrer no erro milenar dos gramáticos tradicionalistas de estudar a língua como uma coisa morta ,sem levar em consideração as pessoas vivas que a falam .O preconceito linguístico está ligado ,em boa medida ,á confusão que foi criada ,no curso da história, entre língua e gramática normativa. A gramática não é a língua ,é a tentativa de descrever apenas uma parcela mais visível dele ,a chamada norma culta .Essa descrição autoritária ,intolerante e repressiva que impera na ideologia geradora do preconceito linguístico. Enquanto a águado rio/língua ,por estar em movimento ,se renova incessantemente ,a água do igapó/gramática normativa envelhece e só se renovará quando vier a próxima cheia. Numa série de afirmações que já fazem parte da imagem (negativa)que o brasileiro tem de si mesmo e da língua falada por aqui .Outras afirmações são até bem- intencionadas ,mas mesmo assim compõem uma espécie de "preconceito positivo", que também se afasta da realidade. A escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse ,de fato ,a língua comum a todos os 160 milhões de milhões de brasileiros ,independentemente de sua idade ,de sua origem geográfica ,de sua situação socioeconômica ,de seu grau de grau de escolarização. Embora a língua falada pela grande maioria da população seja o português, apresenta alto grau de diversidade e de variabilidade ,mas principalmente por causa da trágica injustiça social que faz do Brasil o segundo país com a pior distribuição de renda em todo o mundo. Assim da mesma forma como existe milhões de brasileiros sem terra, sem escola, sem teto sem trabalho, existem muitos também sem língua .Pois se fomos acreditar no mito da língua única, existem milhões de pessoas neste país que não têm acesso a essa língua, que é a norma