Preconceito De Marca E Origem
NOGUEIRA, ORACY
INTRODUÇÃO
A introdução faz um pequeno mapeamento histórico da condição dos negros e minorias ao longo da história, sublinhando a origem do contato com o branco europeu. A história inicia-se no contexto das ocupações europeias impulsionadas pelo mercantilismo, mas que sistematiza-se e continua-se a partir da produção agrícola exportável para os mercados europeus. Desde então, inicia-se um processo de convivência entre europeus e não europeus (em primeiro momento nativos) que caracteriza-se pela penetração europeia mais superficial nas populações nativas mais densas e com maior estrutura técnico-econômica (que preservam nas sociedades em formação alguns de seus traços e conseguem nelas permanecer melhor). Entretanto, nas partes mais extremas dos continente Americano onde as condições naturais assemelham-se mais à Europa, deparamos com uma presença europeia mais intensa.
No objetivo de produção vegetal para a exportação, os europeus aproveitam-se então dos locais de clima e solo tropical, nos quais utilizarão mão de obra indígena, quando possível, ou escrava, proveniente da África (como exemplos podemos citar o cultivo de cana de açúcar , café e algodão, respectivamente, no período colonial).
Já no fim do século XIX e início do XX, em período que antecede a abolição em 1888, incia-se um fluxo de trabalhadores imigrantes rumo ao Brasil (portugueses, italianos, espanhóis, ou seja, europeus, brancos). No século XX, intensifica-se a migração japonesa a São Paulo motivada pela indústria e agricultura.
Nesse sentido, evidenciamos já a diversificação do panorama étnico americano, no qual já existem europeus, nativo-americanos, mestiços, africanos e asiáticos. De toda forma, a preponderância econômica, politica e social é europeia e de seus descendentes diretos, uma vez que constituem a cultura dominante, exercendo papel decisivo sobre os outros grupos e constituindo desde então o que o