Filosofia é formada por dois termos gregos: “fhilos e sofhias”. Assim, Filosofia tem o sentido etimológico de “amor à sabedoria”, e o filósofo seria o “amante do saber ou amante da sabedoria”. O termo, conforme a tradição histórica, a criação da palavra filosofia é atribuída ao grego Pitágoras. Na história ocidental, a Filosofia nasce na Grécia, por volta do século VII a.c. O sentido pode ser respondido da seguinte forma: a filosofia nasce promovendo a passagem do “saber mítico” ao “pensamento racional”, sem, entretanto, romper bruscamente com todos os conhecimentos do passado. Assim, a passagem do mito à razão significa precisamente que já havia, de um lado, uma lógica do mito e que, de outro lado, na realidade filosófica ainda está incluído o poder lendário. De acordo com a tradição histórica, a fase inaugural da Filosofia grega é conhecida como período pré-socrático. Este período abrange o conjunto de reflexões filosóficas desde Tales de Mileto (623-546 a.c) até Sócrates (468-399 a.c). A importância da contribuição dos filósofos pré-socráticos para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica é justamente esse pensar filosófico centrado na questão do método e do objetivo da Filosofia. Os filósofos do período pré-socráticos se preocupavam com problemas cosmológicos, a fim de estudar o mundo exterior na sua origem, como também nas mudanças a que estão sujeitos. Assim, a classificação destes filósofos se divide em quatro escolas: Escola Jônica, Escola Itálica, Escola Eleática e a Escola Atomística. Os filósofos pré-socráticos deixaram vestígios notáveis na história da filosofia ocidental: Tales, Anaxímenes, Heráclito, buscaram um sentido último sobre o qual postular o universo. Não contando com recursos científicos, esta declaração de unidade nos primeiros filósofos gregos acumulava uma profunda intuição metafísica. Gonçalves anota que as primeiras observações dos pré-socráticos, sobre o princípio comum da natureza, iam além da formulação de uma hipótese