pre sal
O Pré- Sal foi descoberto em julho de 2005 por técnicos da Petrobras que estudavam o bloco de Parati, da bacia de Santos. A descoberta de Tupi, no ano seguinte, confirmou os sinais de que estavam diante de uma nova fronteira petrolífera escondida sobe o mar e abaixo de uma camada de rochas e sal na costa brasileira. O feito foi anunciado pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como “um passaporte para o futuro”. Há estimativas de que as reservas do
Pre-Sal possam ser de ate 90 bilhões de barri. O problema é que isso só terá mesmo valor após a retirada de reservatórios em profundidades que podem chegar a 7km em alto-mar. Além do desafio tecnológico de operação em áreas inóspitas, será preciso mobilizar um volume enorme de investimentos. Estima-se que somente o campo de Libra devera demandar de 12 a 18 plataformas para dar conta de extrair 1,4 milhão de barris diários no auge da produção, nas projeções da Agencia Nacional do Petróleo (ANP). É quase metade de tudo que o pais produz hoje.
Os investimentos na área serão de ao menos 50 bilhões de dólares. Não é uma tarefa simples. Por isso, os olhares agora estão voltados para capacidade dos integrantes do consorcio, sob a liderança da Petrobras, de fazer o petróleo jorrar, o que so devera acontecer em 4 anos. “O leilão de Libra foi melhor do que se esperava em relação a qualidade do consorcio. A participação de empresas privadas como a Shell, uma das maiores do mundo, ajuda a gestão e da mais segurança financeira, reduzindo o risco estatal”, diz o ex-presidente da ANP David Zuylberstajn. “Agora a relação entre os sócios começara ser testado”.
De fato, é algo a ser observado de perto. Como os sócios vão se entender para começar a lucrar o mais de pressa possível? Isso porque uma serie de fatores na geopolítica do Petróleo impõe um ritmo mais rápido de produção.