Praça de Casa Forte - Burle Marx
BURLE MARX
Resumo
Uma espaço público de qualidade pode favorecer a permanência, o desenvolvimento de atividades sociais e consequentemente a vitalidade urbana. A presença do verde nas cidades é importante pelo contato visual que propicia à população. Neste trabalho, abordaremos os princípios utilizados pelo tão ilustre paisagista Roberto Burle Marx, na concepção de seu primeiro projeto de jardim público, a Praça de Casa Forte (1934), no Recife com o objetivo de conferir embelezamento a cidade, em harmonia com as raízes do movimento moderno.
O projeto acabou quebrando a tradição, até então vigente, do estilo de jardim europeu, o que era predominante naquela época. Para Casa Forte, Burle Marx buscou um projeto que criasse uma maior integração das espécies vegetais ali inseridas, com contexto urbano da cidade, dividindo a praça em três partes com valor artístico, educativo, ecológico, higiênico e social. Cada uma dessas partes apresenta um grupo isolado de vegetação conforme sua origem geográfica, sendo a primeira e a segunda parte reservadas à espécies consideradas nativas, da mata atlântica e da amazônia, respectivamente, e uma terceira composta por espécies exóticas.
Introdução
No início do século XX, a arquitetura brasileira começa a passar por experiências modernas que assumem importante destaque no cenário nacional. Nesse contexto, se revela uma nova concepção paisagística, que assume um tratamento plástico compatível com as novas tendências da arquitetura brasileira. Um grande e talvez o mais importante expoente desta nova forma de pensar o paisagismo no Brasil, foi o paisagista Roberto Burle Marx, que unindo sua sensibilidade artística aos conhecimentos de botânica, conseguiu transformar seus jardins em verdadeiros monumentos, assim seus princípios projetuais estavam frente ao contexto histórico-cultural local, levando em conta a importância dos jardins ao longo das civilizações