Praça da Liberdade: história, memória e significados

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Praça da Liberdade: história, memória e significados

A cidade de Belo Horizonte foi planejada e construída, no final do século XIX, para se tornar a nova capital de Minas Gerais. Tomando como objetivo a construção de uma cidade cujos espaços urbanos manifestassem o espírito republicano da época, a Praça da Liberdade se insere nesse contexto de forma monumental. Entretanto, no decorrer do século XX, sofreria alterações arquitetônicas e funcionais para que se readequasse às diferentes gerações políticas e sociais da capital. Desta maneira a praça se apresenta com diversas ressignificações, todas reveladoras da identidade da capital mineira em diversos momentos de sua existência.
Sua localização, na parte mais alta da recém-construída Belo Horizonte, e sua função administrativa, evidenciam o caráter político de sua construção. Em meio às secretarias de defesa social, transporte e obras, educação, fazenda, além do palácio do governador, é o centro arquitetônico do polo de condução do governo mineiro do inicio do século XX. Nesse contexto, o nome que lhe é dado, Praça da Liberdade, exprime a propaganda republicana de libertação e independência promovidas pelo novo sistema político.
Com o passar dos anos, principalmente após a primeira reforma de 1920 para a recepção dos reis da Bélgica, a praça se insere no cotidiano dos belo-horizontinos para praticas diárias. Seja para passeios ou eventos, a Praça da Liberdade já se torna um ponto de convergência dos habitantes e se cria uma afinidade por este local. Sendo assim, já se torna notável a interação entre o patrimônio material, ou seja, o conjunto paisagístico da praça, com o patrimônio imaterial, definível pelo costume de frequentar a praça e as praticas lá desenvolvidas.
A Praça da Liberdade e o seu entorno transmitem significados que compõem e constroem a memória coletiva e individual não só relativa ao próprio espaço da praça, mas também ao estado de Minas Gerais e à capital mineira. É um complexo de

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