PRAZER E FELICIDADE trabalho de Cultura Religiosa
(Erich Fromm)
O PRAZER COMO CRITÉRIO DE VALOR
No texto o autor desenvolve sua temática a partir da definição de ética autoritária e ética humanista, onde àquela tem a vantagem da simplicidade; seus critérios para julgar o que é bom ou mau são as sentenças da autoridade, e na obediência a elas está a virtude do homem e a ética humanista faz do homem o único juiz dos valores, o árbitro que decide o que é bom e o que é mau. Porém, vê-se que o princípio humanista não pode ser tido como verdadeiro, visto que, alguns encontram prazer em embriagar-se, em acumular riquezas, na fama, em magoar pessoas, ao passo que outros o encontram amando, partilhando coisas com os amigos, pensando, pintando. Para Erich Fromm essa alternativa entre submissão à autoridade e reação ao prazer como princípios orientadores é falsa, uma análise empírica da natureza do prazer, da satisfação, da felicidade e da alegria revela que se trata de fenômenos diferentes e em parte contraditórios. Essa análise indica que a felicidade e a alegria, embora em certo sentido sejam experiências subjetivas, são resultantes de interações e dependentes de condições objetivas (produtividade), não devendo ser confundidas com a experiência meramente subjetiva do prazer. A significação da análise qualitativa do prazer foi admitida desde os primórdios do pensamento ético humanista. A teoria hedonista sustenta que o prazer é o princípio diretor da ação humana, tanto fatual quanto normativamente, para ética hedonista a meta da vida é o prazer e que, por isso, este é bom em si mesmo. Aristipo, foi o primeiro representante da teoria hedonista, acreditava que alcançar o prazer e evitar a dor era a finalidade da vida e o critério da virtude. Para ele, prazer é o prazer do momento que passa. A tentativa primeira de revisão da posição hedonista, introduzindo critérios objetivos nos conceitos de prazer, foi feita por Epicuro, que embora insistisse em que o prazer era alvo da vida, afirma que,