praxeologia
Por que não uma abordagem praxeológica?!
OLGIERD SWIATKIEWICZ (*)
1. INTRODUÇÃO
Propomo-nos a apresentar aqui uma outra plataforma epistemológica, para alguns muito teórica e normativa (Auspitz, 1988; Ferrari, 1988), apriorista e genérica, para outros muito prática, útil e sobretudo baseada na reflexão prática do quotidiano. Uma perspectiva diferente, pelo menos quanto à origem de grande parte da sua produção científica, pois não é nem anglo-saxónica
(ou americana) nem francófona, mas sobretudo polaca, pois foi na Polónia que o maior desenvolvimento da praxeologia teve lugar.
Há praxeologia, mas também há praxeologias. Isto quer dizer que podemos, por exemplo, falar da abordagem praxeológica no singular quando pretendemos incluir o nosso estudo ou pesquisa no âmbito desta corrente de pensamento ou quando numa investigação ou nos seus resultados encontramos os principais traços ou conceitos da análise praxeológica, independentemente da área específica de aplicação, seja ela a psicologia, a sociologia, a economia ou outra. Ao mesmo tempo, porém, existem várias praxeologias, pelo menos tantas quantos os seus principais fundadores – Alfred Espinas, Tadeusz
(*) Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal. Investigador sénior da Unidade de
Investigação em Psicologia Social, ISPA. Membro do
Towarzystwo Naukowe Prakseologii (Sociedade Científica de Praxeologia), Varsóvia.
Kotarbinski, Ludwig von Mises, George Hostelet
– e tantas quantas as linhas de demarcação.
A análise praxeológica sempre assentou na avaliação e na crítica da actuação/acção do ponto de vista da sua eficiência e na revisão dos conceitos que envolvem a acção propositada (intencional). Actualmente tem maior desenvolvimento e maior divulgação social um outro grande objectivo praxeológico – o aconselhamento ou as recomendações normativas conducentes a um aumento da eficiência humana. Daí resulta também