Práticas Circenses Como qualquer prática pedagógica, contém uma intervenção imediata que se concretiza no acontecer da aula através do agente pedagógico (professor/a). Por isso, ao tematizar a cultura corporal, trabalha o movimento humano preocupando-se, fundamentalmente, com a formação do ser humano. Como elementos da cultura corporal, as diferentes práticas corporais foram construídas ao longo do tempo e, por conseguinte, aprendidas visto que ninguém nasceu saltando, girando, arremessando, jogando ou dançando. O homem e a mulher foram, ao longo do seu desenvolvimento histórico, construindo situações de movimento que hoje podemos identificar como jogo, ginástica, dança, luta esporte, malabarismo, etc. Portanto, como qualquer outro conhecimento, os elementos da cultura corporal foram construídos historicamente em função das necessidades humanas, refazendo-se constantemente. Dentre as várias possibilidades de desenvolver as práticas corporais e esportivas no âmbito da Educação Física escolar chamo a atenção para a dança e as atividades circenses visto que essas, não raras vezes estão à margem das aulas, dos currículos escolares e das vivências que os alunos têm acesso no interior dessa instituição. Vejamos: O que é a dança senão uma forma de expressão da cultura de um indivíduo, grupo social, comunidade, classe, religião, raça, etc.? Para Roger Garaudy, a dança é um modo de existir. “Não apenas um jogo, mas celebração, participação e não espetáculo, a dança está presa à magia e à religião, ao trabalho e à festa, ao amor e à morte. Os homens dançaram todos os momentos solenes de sua existência: a guerra e paz, o casamento e os funerais, a semeadura e a colheita” (1980). A dança é expressão através dos movimentos do corpo organizados em sequências significativas e transmitem sentimentos, emoções, valores, vontades, ideias, costumes, etc. constituindo-se em um rico elemento para conhecermos um determinado grupo cultural. Nesse sentido, é importante