Pratica Pedagogica 2014
A finalidade deste artigo é analisar a atuação do pedagogo social em presídios. Infelizmente hoje temos um sistema prisional falido pela ausência de um trabalho eficaz na ressocialização de presos. A realidade dos presídios não é nada agradável, tampouco a condição emocional dos presos colabora (muitas vezes revoltados pela situação em que se encontram submetidos, perda de autoestima, desânimo aparente).
A própria sociedade não consegue ver melhoria alguma na vida das pessoas que cumpriram pena na prisão. É comum perceber como o sistema penitenciário tem falhado em recuperar pessoas, muitos presos voltam à prática de seus antigos crimes logo após cumprirem a pena, chegando a assumir um pior estado do que quando foram presos pela primeira vez. Voltam a se envolver no uso e tráfico de drogas e se encontram mais uma vez na prática de diversos delitos.
Sabe-se que a educação é muito importante no processo de ressocialização do preso e o Estado tem a obrigação de garanti-la, independente do crime que o preso tenha cometido. Geralmente se tem a visão de que o preso não tem direito a nada, muito menos a usufruir dos recursos que seriam destinados à educação dos cidadãos “de bem”.
A educação em penitenciárias é um processo de acessar conhecimentos para aquelas pessoas que estão presas, desenvolvendo-as no aspecto cognitivo e social, de modo que possam se reintegrar à sociedade. Uma educação que vise a escolarização dentro do sistema de ensino e profissionalização, formando-o para o mercado de trabalho.
Quando se propõe a educação no sistema penitenciário, percebemos o descolamento entre “os objetivos da educação e os objetivos da pena e da prisão e é esta a tarefa que se quer que seja assumida pela Pedagogia Social” (SOUZA NETO; SILVA; MOURA, 2009, p.299).
A análise da atual situação dos presídios no Brasil com seus impactos e resultados diretos na sociedade atual, motivou a seguinte reflexão: Quais as atribuições exercidas pelo pedagogo social no sistema