pratica 9
Pai: Cerca de 45 anos.
Filho: Sete anos.
CENA:
Filho: Por que não posso ficar vendo televisão?
Pai: Porque você tem de dormir.
Filho: Por quê?
Pai: Porque está na hora, ora essa.
Filho: Hora essa?
Pai: Além do mais, isso não é programa para menino.
Filho: Por quê?
Pai: Porque é assunto de gente grande, que você não entende.
Filho: estou entendendo tudo.
Pai: Mas não serve para você. É impróprio.
Filho: Vai ter mulher pelada?
Pai: Que bobagem é essa? Ande, vá dormir que você tem colégio amanhã cedo.
Filho: Todo dia eu tenho.
Pai: Está bem, todo dia você tem. Agora desligue isso e vá dormir.
Filho: Espera um pouquinho.
Pai: Não espero não.
Filho: Você vai ficar aí vendo e eu não vou.
Pai: Fico vendo não, pode desligar. Tenho horror de televisão. Vamos, obedeça a seu pai.
Filho: Os outros meninos todos dormem tarde, só eu que durmo cedo.
Pai: Não tenho nada ver com os outros meninos: tenho que ver com meu filho. Já para a cama.
Filho: Também eu vou para a cama e não durmo, pronto. Fico acordado a noite toda.
Pai: Não comece com coisa não, que eu perco a paciência.
Filho: Pode perder.
Pai: Deixe de ser malcriado.
Filho: Você mesmo que me criou.
Pai: O quê? Isso é maneira de falar com seu pai?
Filho: Falo como quiser, pronto.
Pai: Não fique respondendo não: cale essa boca.
Filho: não calo. A boca é minha.
Pai: Olha que eu ponho de castigo.
Filho: Pode pôr.
Pai: Venha cá! Se der mais um pio, vai levar umas palmadas.
Filho: ...
Pai: Quem é que anda ensinando esses modos? Você está ficando é muito insolente.
Filho: Ficando o quê?
Pai: Atrevido, malcriado. Eu com sua idade já sabia obedecer. Quando é que eu teria coragem de responder a meu pai como você faz. Ele me descia o braço, não tinha conversa. Eu porque sou muito mole, você fica abusando... Quando ele falava está na hora de dormir, estava na hora de dormir.
Filho: Naquele tempo não