Pranto de coqueiro
1. O Autor
2. Introdução ao conto
3. Enredo
4. Análise estilística e linguística
5. Análise cultural
6. Referências bibliográficas
1. O Autor
António Emílio Leite Couto é um escritor moçambicano nascido na Beira, em 1955 de pais portugueses; ele é escritor, biólogo e ex-militante político. Tornou-se um dos autores africanos que escrevem em português mais importante da actualidade: em 1998 foi o primeiro autor africano incluído na Academia Brasileira das Letras, ganhou também muitos prémios literários: como o Prémio Eduardo Lourenço em 2011 e o Prémio Camões em 2013.
O estilo dele é caracterizado pela manheira de narrar que ultrapassa os limites entre prosa e poesia; retracta a simplicidade do quotidiano moçambicano utilizando uma linguagem inovadora que se serve da criação de novas palavras e introduz vocábulos das línguas bantas moçambicanas que rendem perceptível a sua ideia de um português de Moçambique: uma língua interiorizada pelo povo descolonizado com muitas referências à oralidade e às tradições populares.
É autor de romances, livros de contos, de crónicas e de poemas; o seu primeiro livro de contos Cada homem é uma raça é de 1990 e o seu primeiro romance Terra sonâmbula foi publicado em 1992.
2. Introdução ao conto
O conto Pranto de coqueiro faz parte da compilação de contos Estórias abensonhadas, publicada pela primeira vez em 1994.
O título da obra pode ser considerado em relação às teorias do escritor brasileiro João Guimarães Rosa que foi o primeiro a considerar a oposição entre História e estória, sendo a primeira uma disciplina que estuda a evolução do mundo e do homem, na qual não há lugar para os pequenos episódios, as estórias, que são as que realmente influenciam os seres humanos, sendo responsáveis por aquilo que somos hoje. Mia Couto escolhe esta nomenclatura porque os contos deles falam das pequenas coisas e dos pequenos homens que são sempre marginais.
As Estórias