Pragmatismo chines x desordem brasileira: a lógica da parceria estratégica entre duas nações tão diferentes
Graduação em Relações Internacionais
Disciplina: Metodologia Científica
Professor: Paulo Kuhlmann
Aluna: Telma Giovana de Freitas
Pragmatismo chines x Desordem brasileira: a lógica da parceria estratégica entre duas nações tão diferentes.
1. Problematização Dois gigantes em ascensão. Uma parceria estratégica. Objetivos políticos comuns. Porém, diferenças que vão do modo de fazer política até a esfera cultural. Com uma parceria estratégica firmada há 20 anos, Brasil e China buscam um mundo mais justo, com a inserção do “Sul” nas decisões políticas internacionais, assim como a inclusão destes países na produção científica e de inovação global. A ideia é que havendo uma cooperação Sul-Sul, estes países emergentes se tornam menos dependentes dos países já desenvolvidos, contribuindo para o desenvolvimento deles mesmos. As relações entre estes países não se limita aos objetivos políticos comuns, mas também tem grande peso na economia brasileira. A China é hoje o maior parceiro comercial do Brasil, no entanto para a China, o Brasil está apenas em décimo lugar. Especialistas afirmam que o Brasil depende muito da China para seu desenvolvimento e que qualquer crise financeira lá seria drástico para o Brasil, no entanto, o presidente do banco central, Alexandre Tombini, diz que essa afirmação é apenas um exagero. Muitos criticam esta parceria, afirmando que o Brasil estaria sendo “ingênuo” ao exportar basicamente produtos agrícolas e importar os manufaturados da China, contribuindo para o fracasso da indústria nacional. O fato é que o pragmatismo do Estado chinês é bem conhecido: com um partido único e autoritário, os governantes chineses sabem muito bem o que querem, dependem do seu sucesso para sua legitimação no poder e governam de maneira racional e objetiva, com uma visão de longo prazo. Por outro lado, há uma grande crítica ao modo de governar brasileiro, tido como mal planejado, com projetos visando apenas