Pragas e doenças da bananeira
Broca-do-Rizoma ou Moleque-da-Bananeira (Cosmopolites sordidus (Germar))
Praga mais severa devido aos danos causados e de sua ampla distribuição geográfica. Seu nome comum, broca-da-bananeira, tem sua origem devido à construção de galerias no interior do rizoma por sua larva. O principal meio de propagação é através de mudas infestadas. Inseto da família Curculionidae, a qual tem como característica um prolongamento anterior, em cuja extremidade estão inseridas as peças bucais mastigadoras. Curculionídeo de coloração preta, com aproximadamente 11mm de comprimento e 5mm de largura. Os adultos, os quais podem viver de alguns meses a dois anos, são ativos à noite, todavia, podem ser encontrados durante o dia em ambientes úmidos e sombreados junto às touceiras, bainhas foliares e restos culturais. Ademais, insetos sem alimentação podem sobreviver por vários meses. As plantas tornam-se debilitadas e mais sensíveis ao tombamento, sendo estes seus danos diretos. Ademais, as galerias no rizoma favorecem a penetração de patógenos nas áreas atacadas, resultando em podridões e morte da planta. Sendo que, os principais sintomas são o desenvolvimento limitado, amarelecimento e secamento das folhas, ausência de frutificação e, em plantas jovens, morte da gema apical O controle do moleque-da-bananeira se dá com o uso de mudas livres de infestação, aplicação de inseticida granulado diretamente na cova de plantio, escolha por variedades mais resistentes, uso de iscas tendo como base a atração exercida por substâncias voláteis presentes no pseudocaule e rizoma sobre os adultos, controle biológico (uso de nematóides das famílias Steinernematidae e Heterorhabditidae para infectar larvas; uso de fungos da família Beauveria bassiana, os quais atuam sobre os adultos que morrem poucos dias após a infecção, tratamento químico de mudas, aplicação de inseticidas diretamente na cova de plantio e cobertura.