pragas da cana-de-açucar
A cana-de-açúcar é conhecida como cultura que utiliza baixos níveis de agrotóxicos. A seguir, apresentamos um resumo das diversas pragas e dos danos verificados nos canaviais, para contribuir com o trabalho de controle dos produtores rurais. A correta identificação desses insetos consiste no primeiro e importante passo para que as devidas providências possam ser tomadas.
BROCA DA CANA – Encontrada em todo o território nacional, a broca da cana,
Diatraea saccharalis, é uma mariposa cujas larvas causam a morte da gema apical e danos no interior do colmo da cana-de-açúcar. Através dos orifícios abertos pelas larvas, ocorre penetração de fungos dos gêneros Fusarium e Colletotrichum, que causam a podridão vermelha. O controle biológico da broca consiste no método mais eficiente através da liberação de parasitóides como a Cotesia flavipes. O uso indiscriminado de inseticidas de solo pode prejudicar o controle naturalmente realizado por predadores, sendo necessário racionalizar o uso desses produtos. A determinação das áreas mais infestadas é realizada mediante o levantamento populacional da praga em canaviais com 2 a 4 meses após o plantio ou 2 a 4 meses após cada corte nas áreas mais infestadas e que necessitam de controle. Os levantamentos de Intensidade de Infestação (I.I.) são realizados durante a safra, amostrando-se no mínimo 20 canas por hectare.
CIGARRINHA DAS RAÍZES – As ninfas da cigarrinha das raízes, Mahanarva fimbriolata, produzem uma espuma na base dos colmos, nas raízes superficiais, onde se alimentam e se mantêm protegidas embaixo da palha da cana colhida sem queimar até atingirem a fase adulta. Elas surgem após as primeiras chuvas no fim do inverno quando deverão ser iniciados os primeiros levantamentos. O CTC recomenda o controle biológico, com a aplicação do fungo Metarhizium anisopliae quando forem encontradas populações acima de 3 ninfas por metro linear. Os históricos dos levantamentos