Pr Modernismo 2014
Modernismo. De caráter inovador, a maioria de seus membros não se enquadra como
Modernistas por não terem sobrevivido o suficiente para participar ou terem criticado o movimento. No início do séc. XX, a literatura brasileira atravessa um período de transição. De um lado, ainda era forte a influência das tendências artísticas da segunda metade do séc. XIX; de outro lado, já começava a ser preparada a grande renovação modernista, cujo marco no
Brasil é a Semana da Arte Moderna (1922). A esse período de transição, que não chega a constituir um movimento literário, chamamos
Pré-Modernismo.
Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de
Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em
São Paulo e a
Guerra do Contestado (na fronteira entre Paraná e
Santa Catarina); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e: finalmente, a imigração europeia.
AS NOVIDADES
Embora os autores pré-modernistas ainda estivessem presos aos modelos do romance realista/naturalista e da poesia simbolista, duas novidades essenciais podem ser observadas em suas obras:
O interesse pela realidade brasileira: os modelos literários realistas/naturalistas eram essencialmente universalizados. Tanto na poesia de Machado de
Assis e Aluísio Azevedo quanto na poesia dos parnasianos e simbolistas não revelavam interesse em tratar da realidade brasileira. A preocupação central desses autores era abordar o