PPR - Preparos 1 e 2

Preparo biostático dos dentes remanescentes

Müller (1936) conceitua a biostática nas seguintes palavras: “a biostática compreende todas as disposições da natureza que permite ao dente opor às forças mastigatórias uma resistência continua”. E agrega logo a seguir: “se essa resistência diminuir por perda de peças dentárias ou enfermidades, então a biostática pode ser melhorada, até certo grau, mediante recursos protéticos”.
As condições dos arcos dentários de um parcialmente edentado, frequentemente, não representam sequer um precário arremedo desta situação descrita nas palavras de Müller. Pelo contrário, o que se pode constar, mesmo num exame clínico menos pretencioso, é uma situação em franco processo de deterioração.
Sanados os problemas relacionados com as enfermidades, de diversas ordens, já referidas no intem correspondente às intervenções preliminares, cumpre cuidar dos dentes remanescentes em geral, face à queda de suas condições biostáticas, queda esta resultante da perda de uma ou de várias peças dentais. Ela é facilmente contastável por meio do grau de inclinação dos dentes remanescentes, especialmente os situados ao lado dos espaços protéticos, pela ocorrência de diastemas entre os elementos mais próximos desses espaços, pela mobilidade aumentada em relação a determinados dentes do arco antagonista relacionados com os espaços protéticos.
Os cuidados para melhorar as condições biostáticas dos dentes remanescentes devem estar montados no articulador, devidamente “mapeados”. Estes cuidados consistem, basicamente, na adoção de medidas destinadas a restabelecer a posição dos dentes, tanto na direção ântero-posterior como na direção cérvico-oclusal, executando as seguintes intervenções:
Nivelamento do Plano Oclusal
Objetiva restabelecer a posição de todos os dentes remanescentes na direção ântero-posterior, tomando-se como referência os segmentos restantes do plano oclusal original, porventura ainda presentes na dentição remanescente. Isso poderá ser