Povos do mundo no Brasil
Na metade do século XIX, a partir de 1850, começaram a surgir intensas críticas ao trabalho escravo no Brasil. Muitos países já o haviam abolido e, aqui, escravos e homens livres lutavam pelo fim da escravidão, empreendendo fugas, organizando quilombos e procurando comprar suas alforrias.
O governo imperial havia decretado leis que inibiaam o tráfico e que intencionavam, aos poucos, acabar com a escravidão. O preço do escravo havia subido muito, e os fazendeiros paulistas começaram a buscar outro tipo de mão de obra para atuar junto com o escravo.
Alguns cafeicultores começaram a planejar o aumento da mão de obra usando trabalhadores livres. O sistema de trabalho assalariado ou de parceria surgiu como uma alternativa mais lucrativa para os fazendeiros.
Em 1847, o senador Nicolau Campos Vergueiro, fazendeiro de Limeira, criou uma empresa para contratar imigrantes europeus para trabalhar em sistema de parceria em suas fazendas, chamadas Angélica e Ibicaba. A ideia era que esses trabalhadores se tornassem "sócios" do fazendeiro na produção de café.
2) O Sistema de parcerias
O sistema de parceria funcionava assim: a empresa Vergueiro & Cia pagava a viagem de imigrantes portugueses, alemães e suíços para o Brasil, para trabalhar na fazenda Ibicaba. Ao chegar, eles recebiam instrumentos de trabalho, mantimentos, terra para cultivar alimentos, uma casa simples e um número determinado de pés de café para plantar, cuidar e colher.
Os trabalhadores imigrantes tinham que dar ao proprietário a metade da produção de seus pés de café – esta quantia seria para pagar os custos da viagem até a fazenda. Eles não podiam deixar a fazenda até que tivessem pago à Vergueiro & Cia todas as dívidas com a viagem ao Brasil e a acomodação na fazenda.
Eles tinham que esperar quatro anos até a primeira colheita de café para começar a pagar sua dívida. Nesse espaço de tempo a dívida aumentada, pois, além de ter de pagar juros, precisavam comprar