Potyara - resumo
1 – Introdução: ponto de partida da reflexão Neste texto a autora procura entender com clareza a existência real de uma “nova questão social”, demonstrando seu ceticismo em relação a este conceito; questionando, também, o termo “questão” para designar problemas e necessidades atuais.
2 – A questão da “questão social” Segundo Potyara o conceito questão social sempre expressou a relação dialética entre estrutura e ação, na qual sujeitos estrategicamente situados assumiram papeis políticos fundamentais na transformação de necessidades sociais em questões. Mas a “velha dominação capitalista, que, sob nova configuração, subordina as necessidades do capital, parcelas consideráveis da população do planeta, impedindo-as de situarem como iguais nas sociedades divididas em classes”. Assim, por falta de forças sociais com efetivo poder de pressão para fazer incorporar na agenda pública problemas sociais ingentes, com vista ao seu decisivo enfrentamento, temos pela frente não propriamente uma “questão social” e, sim, uma incômoda e complicada “questão social”. Com o capitalismo, o desemprego estrutural rompe com o modelo de civilização, baseada nos valores do iluminismo, tais como: IGUALDADE, LIBERDADE, JUSTIÇA SOCIAL E EM GARANTIAS DE DIREITOS SOCIAIS E TRABALHISTAS. Ingressa em outra civilização, a qual o desemprego estrutural deixa de ser visto como acidental ou meramente expressão da crise conjuntural, porque não prevê a incorporação de toda sociedade no mercado de trabalho e de consumo, conforme nos cita Chauí 1999:29. O desemprego estrutural afixou consequências, como: esvaziamento salarial, perda do poder de pressão e de contra regulação social dos sindicatos, o desmantelamento dos direitos sociais e o aumento da pobreza.
3 - A