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A classificação da OMS para o câncer do pulmão inclui mais de 20 tipos histológicos diferentes, porém para a finalidade deste capítulo discorreremos aspectos inerentes da história natural apenas dos quatro tipos histológicos maiores.
Os carcinomas broncogênicos são classificados de acordo com o seu aspecto histológico predominante.
• O adenocarcinoma constitui o câncer do pulmão mais comum em mulheres e homens. Com freqüência manifesta-se na forma de massa periférica, como fenótipo resultante da quebra dos mecanismos distais de defesa pulmonar. Os aspectos microscópicos característicos incluem formação glandular, geralmente com produção de mucina. Com freqüência observa-se uma resposta tecidual desmoplásica adjacente.
• O carcinoma de células escamosas exibe a maior correlação observada com o tabagismo. Esses carcinomas surgem, em sua maioria, no hilo ou próximo a ele por quebra dos mecanismos de defesa pulmonar proximais.
Em nível microscópico, variam desde neoplasias queratinizantes (daí o nome epidermóides) bem diferenciadas a tumores anaplásicos com diferenciação queratinizante apenas focal.
• O carcinoma de pequenas células é o mais maligno dos cânceres pulmonares e, em geral, manifesta-se na forma de tumor central e hilar, como fenótipo resultante da quebra dos mecanismos de defesa pulmonar proximais. Está fortemente associado ao hábito de fumar. Os aspectos microscópicos característicos incluem a presença de pequenas células semelhantes aos grãos de aveia, com pequena quantidade de citoplasma, dispondo-se em ninhos ou agregados, sem diferenciação escamosa ou glandular. Em nível ultra-estrutural, as células cancerosas podem exibir grânulos neurossecretores, e as colorações por imuno-histoquímica são habitualmente positivas para marcadores neuroendócrinos. Esses tumores produzem, com mais freqüência, síndromes paraneoplásicas (descritas adiante).
• O carcinoma de grandes células provavelmente representa carcinomas de células