POSSIBILIDADES DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO RECIFE/PE
POSSIBILIDADES DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE
DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA
DO RECIFE/PE
Marina da Costa Lima1, Monica Lopes Folena Araújo2
Introdução
Trabalhar com educação socioambiental nas escolas implica inexoravelmente, em combater “tabus” que emergem da educação bancária, cuja prática está atrelada à transmissão de conhecimentos e não à produção de saberes e criticidade do aluno. Neste sentido, a forma como é trabalhada a educação socioambiental ainda se caracteriza por um cunho ingênuo. Corroboramos com Freire (2011, p.52), quando o mesmo fala sobre as consequências da consciência ingênua: “ela não se aprofunda na causalidade dos fatos, suas conclusões são superficiais”.
Por isso apontamos para a necessidade de trabalhar educação socioambiental nas escolas partindo para a formação de um sujeito crítico que não só olha o ambiente a sua volta, mas sim o observa com outros olhos e incorpora em seu cotidiano práticas reflexivas. Para Carvalho (2011), o meio ambiente é um espaço de relações e o homem interage com ele. Segundo Freire (1995, p. 20), “estar no mundo significa estar com o mundo e com os outros”. A relação de estar no mundo e com o mundo é que faz do ser humano um ser capaz de relacionar-se, refletir, projetar, sair de si e transcender. O primeiro passo para trabalhar a educação socioambiental é reconhecer o ambiente ao redor, o seu entorno, e a escola é um local pertinente para tal trabalho. Como dito por Guimarães (2005) a educação ambiental não é realizada sozinha, mas nas relações do ambiente escolar.
A preocupação com o entorno e com os problemas socioambientais locais, leva estudantes e professores a um novo espaço de relações, sem excluir a escola, e expande os laços com a comunidade, propondo assim, vínculos de solidariedade e (re) construção de valores e atitudes. Dentro desta linha, Isaia (2001), coloca