Possas M
1 – Conceito de concorrência
A – Visão tradicional
O termo concorrência é usado para designar formas de mercado caracterizado por grande numero de concorrentes e livre entrada de novos produtores. No século XVIII, livre concorrência significava o mesmo que livre comercio, e tratava-se de uma bandeira liberal. Quando os fisiocratas e os clássicos propunham a livre concorrência, assumiam uma pregação contra privilégios e monopólios de comercio, guidas, etc.
Já na obra de Ricardo a concorrência assume então um novo sentido; o de um tipo de mercado no qual o monopólio está inteiramente ausente, por razão simples: se adotamos a idéia de que a concorrência é um processo de disputa entre diferentes produtores/vendedores, nele o poder de monopólio se faz presente, mesmo que de modo parcial e temporário.
A visão da autora
Um processo de disputa só pode ocorrer entre unidades diferentes e são essas diferenças que fornecem a base sobre a qual se estabelece a disputa; processo de concorrência, que se dá na economia capitalista, os produtores não precisam conformar-se com as armas que têm. Podem tentar aperfeiçoá-las, isso quer dizer que, além de tirar proveito de suas diferenças, podem criá-las ou eliminá-las, ampliá-las ou diminuí-las, conforme elas lhes sejam ou não favoráveis.
Assumindo que a concorrência é um processo, devemos dar ênfase às permanentes modificações que ele estimula nos mercados, nos contendores, nas maneiras de produzir, nas inovações. Estas estão no cerne do processo de concorrência.
Trações de monopolização são criados e usados na concorrência, como formas de ampliar os ganhos de quem os adotam, mas o próprio processo de disputa tende a eliminar esses aspectos, seja pela imitação, seja pela superação. O monopólio aparece subordinado ao conjunto do processo, pois é por ele engendrado e destruído.
O monopólio nunca é uma situação em que a competição esteja inteiramente suspensa. Ela continua a existir, mesmo
que