Positivismo
O positivismo surgiu ligado ás transformações da sociedade europeia ocidental, na implantação de sua industrialização. Embora as origens desse pensamento filosófico datem do século XVIII, somente no século seguinte, com Auguste Comte considerado o “pai” do positivismo, tal movimento ganhou mais expressão.
Naquela época, as descobertas científicas e os avanços técnicos faziam crer que o homem podia dominar a natureza. No entanto, o positivismo opôs às abstrações da teologia e da metafísica, sendo, portanto, contrário àquele pensamento.
O positivismo em seu aspecto crítico, desaceita toda a especulação em torno da natureza da realidade, que afirme uma ordem transcendental não-suscetível de demonstração pelos dados da experiência. Em sua essência, o positivismo busca classificar todos os fenômenos por meio de um reduzido número de leis naturais e invariáveis, afirmando que o estudo dos fenômenos deve começar dos mais gerais ou mais simples, e que se deve haver uma unidade metodológica de investigação, tanto para os fenômenos da natureza como para os sociais.
Comte, considerado a maior expressão do movimento positivista, buscou um novo conceito sobre a ciência, a política e a religião, que abrisse o caminho para uma organização política e que estivesse à altura da capacidade industrial e científica das sociedades modernas.
O positivismo dominou uma grande parte da cultura europeia tanto no âmbito filosófico, como político e pedagógico. Por sua vez, Comte se dizia necessário estabelecer uma relação fundamental entre ciência e a técnica, e esse pensamento preservou-se durante décadas.
Os adeptos do positivismo dividiram-se em duas correntes antagônicas, que são elas: ortodoxa e heterodoxa. Os ortodoxos que acompanharam Comte em sua fase religiosa, e os heterodoxos, que se mantiveram fiéis somente a primeira fase, de cunho científico e filosófico. Na França, Émile Littré, líder dos heterodoxos, considerou a segunda fase de Comte como um