Positivismo
O positivismo, corrente filosófica do século XIX que surgiu na França e encontrou em Comte seu principal idealizador, defende que a única forma de se chegar ao conhecimento (à verdade) é através da ciência, considerando que os conhecimentos pautados apenas no idealismo ou na religião, por exemplo, não deveriam ser considerados como conhecimentos válidos. A ciência se valeria de métodos específicos que possibilitariam ao pesquisador chegar ao conhecimento sobre determinados fenômenos, como a neutralidade do observador e testagens que pudessem afastar todas as variáveis exteriores ao fenômeno em si.
Este tipo de pensamento influenciou também, a forma de entender as sociedades. Ao observar que existiam diferentes formas de organização social, vários pensadores destinaram seus estudos a fim de explicar essas diferenças. Uma das formas de explicação foi o positivismo sociológico, que considerava a existência de sociedades menos desenvolvidas e outras mais desenvolvidas, a depender da forma de pensamento em que a sociedade se baseava para explicar os fenômenos, sendo o ápice do desenvolvimento social aquelas civilizações que estavam no âmbito cientifico, destarte, não eram raros os pensadores que defendiam a ideia de que as culturas tradicionais da América e África, por exemplo, eram exemplos de estágios anteriores, ou primitivos, de organização social.
De forma sintética, e correndo o risco de falar de forma rasa, o positivismo sociológico se configura por uma tentativa de trazer os pressupostos pregados pelo positivismo, em primeiro momento às ciências naturais, como a neutralidade do observador em relação ao objeto, para a sociologia. Faz-se importante, aqui, apresentar as