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Para psicólogos, o amadurecimento é uma questão individual, mas a experiência conta a favor desse processo
No mês passado, os meios de comunicação do país noticiaram que alunos do 2º ano do ensino médio de Goiânia, capital de Goiás, já estavam frequentando uma faculdade. Após conseguirem a pontuação necessária para aprovação no vestibular, mais de 50 estudantes, com ensino médio incompleto, matricularam-se na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
No mesmo período, foi publicado que mais de 470 candidatos foram convocados para a matrícula na Universidade de São Paulo (USP), mas não puderam efetuar a inscrição por não terem completado o ensino médio. A legislação sobre o tema é confusa. Enquanto a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) diz que o acesso aos níveis superiores se dá conforme a capacidade do aluno, o Ministério da Educação (MEC) afirma que todo estudante deve cumprir 200 dias letivos durante três anos de ensino médio (800 horas anuais) para estar apto a prosseguir para o ensino superior.
Diante dessas notícias, o GUIA DO ESTUDANTE levantou a questão: existe uma idade ideal para entrar na faculdade e escolher o futuro profissional? Para a professora e psicóloga Regina Sonia Gattas F. do Nascimento não, mas maturidade é fundamental. “Essas questões de se há ou não uma idade certa para entrar na faculdade são individuais, mas acho que é cedo entrar na faculdade antes de terminar o ensino médio. De um modo geral o estudante ainda não tem maturidade para definir o futuro”, diz.
Segundo a psicóloga, o problema é que quando se é muito novo nem sempre se sabe o que quer. “Além disso, quando a pessoa é muito nova acaba ficando mais perdida na universidade. No ensino superior não há professores cobrando os alunos, é preciso ter mais autonomia, algo que se adquire com maturidade. A universidade traz desafios que os estudantes muito novos não estão preparados”, explica Regina Sonia.